quinta-feira, 30 de maio de 2013

Dandara em...




De mãos dadas...

Somos irmãos. 
Alguém duvida disso? Eu não.
Infelizmente, no mundo inteiro, ainda tem gente que acredita que a cor da pele define o caráter de alguém e, por causa disso, discrimina e maltrata os outros. Que pena! Já caminhamos bastante, mas falta muito chão pela frente. Pra você ter uma ideia, em 1960, crianças negras não podiam frequentar escolas nos Estados Unidos. Aposto que agora seu queixo caiu! Verdade! Foi preciso que a Suprema Corte 
Americana mandasse as escolas públicas aceitarem alunos negros. Daí, no dia 14 de novembro daquele ano, uma menina de seis anos, chamada Ruby Bridges, foi toda feliz à escola, em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Porém, pasme! Seu queixo vai cair de novo: ela teve de ir escoltada por policiais federais, senão, nada feito! Isso porque a polícia local se recusou a protegê-la. E sabe por que ela necessitava de proteção? Porque, todos os dias, a garotinha enfrentava uma multidão enfurecida, que a insultava e até a ameaçava de morte, só pelo fato de ser negra. Olha que tristeza! O povo maluco gritava, balançava os punhos cerrados, simulando socos, e querendo esfolá-la viva. Você consegue entender isso? E tem mais: como se não bastasse, antes de Ruby chegar ao colégio pela primeira vez, os pais das outras crianças entraram nas salas e, em protesto, retiraram seus filhos do local. Pra completar, os professores se recusaram a dar aula pra ela; menos uma: o nome dela era Barbara Henry. Graças ao carinho dessa educadora, a nossa pequena guerreira conseguiu assistir às aulas durante um ano. E, quase quarenta anos mais tarde, sua história foi contada aos americanos em um documentário transmitido pela televisão. Foi num domingo, 28 de janeiro de 1998. Apesar de tanto sofrimento, Ruby Bridges não guarda mágoas de seus agressores e disse que perdoa todos eles. Ruby é um grande símbolo da luta pela igualdade e respeito entre os seres humanos. Ela está no meu coração. E no seu?

Ilustração de Clayton Ângelo 


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